San Carlos de Bariloche, ou simplesmente Bariloche, na Argentina, é um dos principais destinos turísticos do país. Ainda assim, é até hoje servida por um aeroporto relativamente pequeno, cuja remodelação mais recente aconteceu no começo dos anos 2010.
Com o pomposo nome de Aeroporto Internacional Teniente Luis Candelaria (BRC), foi inaugurado em 1954 e é rodeado pela beleza montanhosa típica da região. Apesar de bastante simplificado, é a principal porta de entrada para o turismo e o abastecimento em geral não apenas na cidade em si, mas também para grande parte da região patagônica argentina.
A estrutura do aeroporto
O aeroporto internacional de Bariloche possui um único terminal, com seu espaço físico total dividido em dois andares, e também em setores nacional e internacional. Com base na minha experiência, o trânsito é sempre bastante simplificado entre eles, mesmo na alta temporada de inverno, quando recebe voos fretados vindos de outros países (Brasil incluído).
Ao longo do ano, o aeroporto de Bariloche recebe voos regulares operados por quase uma dezena de companhias aéreas diferentes, nacionais e internacionais. Além de conectar Bariloche a Buenos Aires o ano inteiro, com fartas opções diárias, o local conecta a região também a outras cidades argentinas, incluindo Ushuaia, Mendoza, El Calafate e Córdoba.
Como chegar e sair do aeroporto de Bariloche
Com o aeroporto localizado relativamente próximo ao centro de Bariloche (são menos de 15 quilômetros de distância no total), não é tarefa complicada para o viajante se deslocar desde e para o seu hotel na região. As condições de trânsito nas vias de acesso ao aeroporto não costumam apresentar contratempos ou lentidão. Mas uma dica importante: lembre-se que há sempre muito mais movimento durante o inverno local.
A melhor maneira de fazer o trajeto entre aeroporto e hotel é, na minha opinião, de carro. Há boa oferta de táxis no próprio aeroporto, com os veículos geralmente associados à prefeitura local e operando sempre via uso de taxímetro. Vai por mim: a maneira mais simples de encontrar o serviço de táxis do aeroporto de Bariloche é junto à porta principal do terminal de passageiros, no piso térreo.
O pagamento das corridas em táxi pode ser feito com dinheiro, cartão de crédito ou débito; e os motoristas costumam aceitar, além do peso argentino, também reais e dólares. Mas fica a dica: pergunte antes qual a cotação que eles vão usar; geralmente, ela é bem mais desfavorável em comparação com a utilizada nas casas de câmbio locais.
Já o transporte por aplicativo no aeroporto de Bariloche é mais complicado, com oferta extremamente limitada (quando não inexistente). Com base nas minhas experiências por lá, eu sugiro fazer o seguinte: abrir o aplicativo e checar se por acaso existe algum motorista disponível nas imediações. Se não houver, já parta logo para o uso de outro tipo de serviço de transporte, evitando atrasos e contratempos.
Transporte público
Se você busca economia máxima, tenho uma boa notícia para te dar: o transporte público local também chega ao Aeroporto de Bariloche. A linha 72 liga o terminal de ônibus de Bariloche à praça do estacionamento do aeroporto nos dois sentidos e é sem dúvidas a opção mais econômica possível para o trajeto hotel-aeroporto-hotel.
Mas uma dica muito importante: a frequência diária de ônibus neste trajeto é baixa. Além disso, é preciso obrigatoriamente embarcar no ônibus já com um cartão de transportes local carregado em mãos – não dá para pagar em dinheiro vivo. E um lembrete: é bastante provável que você precise depois pegar um táxi do terminal de ônibus até o seu hotel.
Transporte com “Remises”
Existe também em Bariloche o serviço de “remises”, como são chamados os carros privativos com motorista presentes em quase todo destino argentino. É algo muito comum, confiável e com valores geralmente mais camaradas que os táxis. Eu já contratei esse serviço diretamente no hotel onde ficaria hospedada e funcionou muito bem. No aeroporto, este serviço fica a cargo da empresa AUTO JET, que tem posto no próprio saguão de desembarque.
É possível contratar tanto transfers privados (trajeto geralmente mais rápido) como também transfers compartilhados com outros viajantes (trajeto geralmente mais demorado, mas também mais econômico). O serviço de remises, assim como táxis, também aceita pagamentos feitos em reais ou dólares, além do peso argentino, ainda que com cotação um pouco menos favorável que a das casas de câmbio.
Aluguel de veículos
Se tem uma coisa na qual o aeroporto internacional de Bariloche (BRC) é realmente farto em opções para o viajante é no quesito aluguel de veículos. Atualmente são nada menos que dez empresas de locação diferentes com unidades no local, incluindo Hertz, Localiza, Europcar, Alamo, Sixt, Fit, Taraboelli, Budget, Invernalla e Summit. Todas estão localizadas no hall de chegadas, no piso térreo. Dica: reserve seu carro sempre com antecedência.
Estacionamento
O Aeroporto Internacional de Bariloche conta também com estacionamento pago no local. No entanto, as vagas atualmente são todas descobertas. O estacionamento aceita pagamento em dinheiro apenas em pesos e dólares, além, é claro, do uso de cartões de débito e de crédito. Há um período de cortesia de 15 minutos para casos de pick up e drop off de passageiros.
Dica importante para portadores de necessidades especiais: existem no local algumas vagas exclusivas e gratuitas para os veículos conduzidos por estes viajantes. Mas fique de olho: o carro precisa contar com o Símbolo Internacional de Acesso SIA bem visível para que seja isento do pagamento da tarifa do estacionamento.
Companhias aéreas
Hoje em dia, voam regularmente para Bariloche as seguintes companhias aéreas: Aerolíneas Argentinas, American Jet, Andes Líneas Aéreas, Flybondi, Gol Linhas Aéreas, Jet Smart, LADE, LATAM e Sky Airline. Eventualmente, outras companhias – inclusive a Azul Linhas Aéreas – podem operar voos sazonais ou mesmo fretamentos para o destino.
Durante a alta temporada de inverno, entre os meses de julho e agosto, Bariloche passa a contar com voos diretos desde e para o Brasil (através dos aeroportos de São Paulo e Campinas), além de alguns fretamentos especiais. Os voos diretos têm duração aproximada de 3h30. Fora deste período, para viajar do Brasil a Bariloche é preciso fazer conexão na capital Buenos Aires.
A experiência no aeroporto
Construído com muita madeira, com o design homenageando a arquitetura típica local da região, o aeroporto de Bariloche não é nada complicado para o viajante; pelo contrário: considero este um aeroporto bem simples e sem mistérios em seus dois andares e único terminal. O local conta com serviço gratuito de conexão sem fio à internet nos dois andares, embora nem sempre ela seja estável.
A sinalização do aeroporto está majoritariamente feita em espanhol e inglês. Não sendo um terminal grande, as opções para alimentação e consumo no Aeroporto Internacional Teniente Luis Candelaria (BRC) são bastante limitadas – e muitas vezes inflacionadas. Existe uma estrutura básica de lojas e lanchonetes, tanto na área de embarque quanto de desembarque. Mas uma dica importante: parte dessas lojas e lanchonetes infelizmente só funcionam durante a alta temporada de inverno.
Além disso, há também caixa eletrônico, loja de chocolates, loja de souvenires, loja Duty Free e até um típico quiosque argentino da franquia “Open 24 hs!” no aeroporto, que eu acho uma ótima opção para fazer comprinhas de última hora, inclusive alfajores. Durante a temporada de inverno, um quiosque da Via Bariloche funciona no hall de chegadas para compra e retirada de passes de esqui (enquanto as pistas estiverem abertas).
Sala VIP
O aeroporto internacional de Bariloche conta com apenas uma sala VIP em todo o terminal. Trata-se do AMAE Lounge, localizado já na área de embarque nacional e internacional. Pessoalmente, acho o lounge pequeno e sem grandes atrativos; mas, com sofás, mesas de trabalho e um mini buffet de snacks e bebidas cortesia, seguramente é uma opção mais interessante que simplesmente esperar pelo voo no saguão principal.
O acesso ao lounge é concedido para viajantes com cartões de crédito associados aos programas Lounge Key e Priority Pass e, mais eventualmente, também a passageiros com status elite ou viajando na classe executiva em algumas das companhias aéreas que operam em Bariloche.
Curiosidade
O nome oficial do aeroporto, “Teniente Luis Candelaria”, foi adotado como uma homenagem ao piloto argentino Luis Candelaria, um aviador que foi a primeira pessoa a sobrevoar os Andes em um avião, ainda em 1918. Candelaria cruzou a cordilheira entre as cidades de Zapala (na Argentina) e Cunco (no Chile), utilizando uma aeronave Morane-Saulnier Parasol de 80 cavalos.
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