Por muitos anos considerada vandalismo, a arte urbana está hoje no auge. Essa forma de expressão artística, utilizada desde a pré-história e adotada por gregos e romanos, tomou as ruas de todo o mundo, tornando-as galerias ao ar livre para todos os públicos. A variedade de técnicas é cada vez maior: graffiti, estêncil, adesivos, cartazes…
Conheça os melhores destinos para curtir as obras dos mais renomados artistas de rua:
1- Lisboa, Portugal
O preto e branco das ruas lisboetas, onde a única pincelada de cor costumava ser o amarelo do bonde 28, foi substituído por uma explosão de traços em todas as cores com mensagens bem diversas. Basta subir até a entrada do Elevador do Lavra para contemplar algumas das melhores obras sobre a Revolução dos Cravos de 1974. Não perca também a descolada LX Factory, pertinho do rio Tejo, ou os diferentes estacionamentos de Lisboa.
2- Barcelona, Espanha
A capital catalã foi uma das pioneiras da Espanha em encher de arte as suas ruas históricas. A principal diferença é que aqui a expressão artística toma uma variedade de formas: graffiti, murais, colagens, cartazes. Passeando pelos bairros de Born, Gràcia, Raval, Sant Antoni e o icônico Bairro Gótico dá pra descobrir algumas das melhores obras, como o grande globo que cobre a fachada da antiga casa okupa de Sant Antoni.
3- Stavanger, Noruega
Conhecida pela exploração de petróleo, a cidade norueguesa de Stavanger foi coroada como a capital da Nuart, nome dado ao seu festival de arte urbana que, todo mês de setembro, transforma em galeria de arte as ruas e casas esbranquiçadas da cidade graças à colaboração de artistas locais e internacionais.
4- Ferrol, Espanha
O bairro de Canido em Ferrol, na Galícia, é o lar de mais de 200 pinturas criadas por artistas de todo mundo que aderiram à iniciativa do galego Eduardo Hermida. A grande novidade desse tipo de street art é que se você observá-las pelo celular com o aplicativo Visuar, 20 delas ganham vida.
5- Londres, Inglaterra
A capital britânica é uma das cidades com a melhor arte de rua do mundo. Parte desta reputação se deve a Banksy, o artista que conta até com uma rota turística de suas obras, embora muitas delas já tenham sido destruídas. Aqui você também pode ver as pinturas de outros artistas como Stik, Cityzen Kane, Eine ou Roa. Os melhores locais para visitar são East London, Camden e Leake Street, em Waterloo.
6- Bruxelas, Bélgica
A capital europeia dos quadrinhos honra seus cartunistas mais famosos exibindo publicamente suas obras. O mais homenageado é Tintim, o intrépido repórter criado por Hergé que está presente em várias partes da cidade. No entanto, a rota de quadrinhos também nos transporta a ilustrações de Asterix e Obelix, Spirou, Lucky Luke, Corto Maltese e muitos outros.
7- Vitoria-Gasteiz, Espanha
A cidade pintada. Assim é conhecida Vitoria-Gasteiz, no País Basco, por conta dos muitos murais que decoram com cores vivas as fachadas e muros da cidade velha. O projeto, criado em 2007, resultou em uma enorme galeria que complementa a arquitetura medieval do lugar.
8- Berlim, Alemanha
A East Side Gallery, trecho do Muro de Berlim que foi preservado após sua queda em 1989, é uma verdadeira uma galeria de arte a céu aberto. O primeiro trabalho foi feito em 1984 por Thierry Noir, um francês que vivia no lado ocidental de Berlim e queria denunciar o absurdo da separação e os abusos dos guardas que vigiavam a área de fronteira. Além disso, capital alemã conta com trabalhos incríveis de street art em diversas partes da cidade.
9- Milão, Itália
Espalhadas por toda a cidade estão obras de artistas como Blu (considerado o Banksy italiano), Pao, Sonda e Nais. Alguns dos mais conhecidos estão na Via Conchetta, Via Predil e Procaccini. Sem falar na Porta Ticinese, onde, além das técnicas de graffiti e estêncil, há obras feitas com materiais reciclados, cartazes e incontáveis poemas.
Busque passagens aéreas para Milão
10- Nova York, EUA
Nos subúrbios nova-iorquinos nos anos 60, a street art começou a ser usada como forma de expressão e protesto contra as desigualdades sociais. O Bronx foi o que ganhou mais renome, tornando-se o epicentro de muitas das rotas de arte urbana. Cinquenta anos depois, essas obras foram aceitas por alguns dos bairros mais prestigiados de Manhattan, que escolheram vê-las como peças de museu.
