Pensando em explorar o continente sul-americano mas não quer gastar muito? A boa notícia é que não faltam destinos baratos na América do Sul!
Na hora de montar um roteiro de viagem, muitas vezes vale a pena fugir dos destinos mais óbvios e descobrir lugares alternativos, com paisagens naturais incríveis e atrações culturais das mais diversas. A seguir, veja nossas dicas de 10 cidades para conhecer e viajar barato pela América do Sul.
Baños, Equador

Um dos destinos preferidos entre os mochileiros que desbravam a América do Sul, a pequena Baños de Agua Santa (ou apenas Baños) une belos cenários naturais e atividades de adrenalina no Equador.
Fica na província de Tungurahua e é conhecida como o “Portão para a Amazônia”, por estar às margens do rio Pastaza, na bacia do rio Amazonas. Baños possui fontes hidrotermais de água mineral e está cercada por três vulcões – ou seja dá para se exercitar (rafting, bungee jump, escaladas etc.) e relaxar ao mesmo tempo.
Sem falar que é lá que está a já lendária “La Casa del Arbol”, a casa na árvore onde fica o famoso “balanço do fim do mundo”.
Valparaíso, Chile

Apesar de ser a terceira cidade mais populosa e sede do poder legislativo do Chile, Valparaíso tem um clima charmoso e acolhedor. Declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, essa cidade histórica tem uma paisagem única, com suas construções antigas e coloridas nos diversos morros e colinas – passeio obrigatório por lá é subir nos ascensores e funiculares, para apreciar as belas vistas sobre o Pacífico.
Valparaíso também é um dos maiores polos de arte do país. Não foi por acaso que o grande poeta Pablo Neruda fez da cidade seu lar. Sua antiga residência – La Sebastiana – se tornou um museu imperdível. Vale também passear sem pressa pelas ruas e becos, por entre graffitis espetaculares.
Isla del Sol, Bolivia

Quando se pensa em lugares para viajar na América do Sul, o Lago Titicaca logo vem à mente. Trata-se do maior lago navegável do mundo, com nada menos que 41 ilhas. Se bater a dúvida em qual ilha escolher para visitar, não pense duas vezes: a Isla del Sol, na Bolívia, é imperdível.
A ilha tem 14,3 km² de área e é considerada sagrada para os incas, já que lá estavam os santuários das “virgens do sol”, dedicado ao Deus Sol. Com acesso pela cidade de Copacabana (e pertinho da fronteira com o Peru), a ilha ainda é povoada por indígenas de origem quechua e aymara, que se dedicam ao artesanato e ao pastoreio de ovelhas.
Os melhores programas são caminhadas e trilhas por entre os vários sítios arqueológicos. Tudo em meio a paisagens de tirar o fôlego, com águas de azul intenso e montanhas verdes, além da majestosa Cordilheira dos Andes ao fundo.
Cabo Polonio, Uruguai

Dentre os destinos baratos na América do Sul, Cabo Polonio, no Uruguai, merece destaque. Tudo é muito simples e bucólico nessa península localizada a 260km da capital Montevidéu.
O acesso restrito – por onde se chega a cavalo ou em carros 4×4 – torna o local ainda mais exclusivo. E as ruas não têm asfalto nem energia elétrica (os estabelecimentos possuem gerador próprio), tampouco há internet.
A ordem por lá é desligar e relaxar. De preferência, caminhando por entre as belas dunas que compõem o Parque Nacional. Ou subir os degraus até chegar ao alto do farol. Sem falar na chance de ver de perto os muitos leões-marinhos que vivem no rochedo em frente ao farol.
Mendoza, Argentina

Duas grandes atrações marcam o turismo em Mendoza, na Argentina: excelentes vinhos e picos montanhosos de tirar fôlegos.
A região é o maior centro viticultor da América do Sul, com cerca de 1.200 vinícolas, que produzem os mais variados tipos de uvas e vinhos. Mais de uma centena das charmosas “bodegas” (em castelhano) são abertas para visitação e degustações – é preciso sempre fazer reserva antecipada.
Outro destaque de Mendoza é Cerro Aconcágua, considerada a maior montanha do planeta fora da Ásia, com seus 6.962 metros de altura. É possível agendar tours guiados que atravessaram a Cordilheira dos Andes, chegando até o Cristo Redentor de Los Andes, a 3.900 metros sobre o nível do mar.
Encarnación, Paraguai

Terceira cidade mais importante do Paraguai, Encarnación é uma ótima dica para incluir em uma viagem pela América do Sul. A maior fama da cidade é seu badalado carnaval em fevereiro, mas há outros atrativos culturais e naturais que merecem ser conferidos.
Um programa imperdível é visitar as ruínas das missões jesuíticas da Santíssima Trindade do Paraná, de Jesus de Tavarangué – o único Patrimônio da Humanidade pela UNESCO do Paraguai – e também o oratório da Virgem de Itacuá.
Encarnación também é um importante polo comercial e industrial do país, e está ligada à cidade argentina de Posadas através da ponte San Roque González de Santa Cruz que cruza sobre o Rio Paraná.
Palomino, Colômbia

Um miniparaíso na costa caribenha da Colômbia não pode ficar de fora de um roteiro de turismo na América do Sul. A pequena Palomino – no meio do caminho entre Santa Marta e Riohacha – é sinônimo de relaxamento e tranquilidade em meio a belas paisagens.
A vila de pescadores tem pouco mais de 4 mil habitantes e foi descoberta pelos turistas recentemente. O clima é descontraído, mas há boa infraestrutura turística no local, incluindo campings e hostels e até hotéis com piscina.
A praia de Palomino não possui avenida, mas tem coqueirais e mar bem agitado. Outra opção é o rio ali perto, por onde pode-se descer de boia, numa divertida e relaxante travessia de cerca de duas horas por entre belas paisagens tropicais. Há ainda opções de tours guiados de vários dias para a Cidade Perdida, Cabo de la Vela e diversas comunidades indígenas presentes na região.
Georgetown, Guiana

Entre os destinos na América do Sul menos explorados turisticamente, a República Cooperativa da Guiana é considerada a mais alternativa. A começar por não ter o espanhol como o idioma oficial, mas sim o inglês. Aliás, a herança dos colonizadores britânicos e caribenhos está por toda parte – do críquete no esporte, ao calipso na música.
A capital Georgetown exibe uma boa amostra da arquitetura colonial britânica, representada pela bela Catedral Anglicana de São Jorge, revestida de madeira pintada. Outros pontos turísticos imperdíveis são o Stabroek Market, fonte de produtos locais, e o Museu Nacional da Guiana, onde pode-se conhecer mais da história e cultura eclética do país.
Dica: se possível, evite ir a Georgetown de maio a agosto ou de novembro a janeiro, que são as épocas em que chove mais.
Arequipa, Peru

Um dos principais destinos turísticos do Peru, Arequipa tem um cenário natural único e fascinante. Localizada a 2.300 metros de altitude, fica aos pés dos vulcões El Misti (5.825m), Chachani (6.075m) e Picchu Picchu (5.664m). Quem gosta de aventura e de programas a céu aberto, terá inúmeras opções em Arequipa, com seus muitos vales, desertos, montanhas e cânions.
Arequipa é conhecida como a “Cidade Branca”, por causa de seus inúmeros prédios construídos com a “sillar”, uma pedra de cor clara retirada do vulcão Chachani. Não deixe de caminhar por entre o centro histórico, tombado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Destaque para a Plaza de Armas, ponto de encontro da cidade, e a imponente Catedral de Arequipa, com seu interior ornamentado em ouro.
Paramaribo, Suriname

Fuja dos destinos mais óbvios e inclua o Suriname na hora de montar uma viagem barata pela América do Sul. Na ponta nordeste da América do Sul, sua capital Paramaribo tem uma arquitetura colonial riquíssima e uma fascinante diversidade étnica.
São pouco mais de 250 mil habitantes, que mesclam origens indianas, indígenas, javanesas, africanas e, em especial, holandesas, que deixaram o idioma oficial após a colonização. E é possível notar traços de todas essas variadas culturas espalhadas pela capital.
Um ótimo local para ver tudo isso de perto é o belo centro histórico da cidade, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Lá estão atrações imperdíveis como a bela Basílica de São Pedro e Paulo, considerada uma das maiores construções de madeira do mundo. Não deixe também de conferir o Mercado Central, o forte Zeelandia, a sinagoga Neve Shalom, a Mesquita Keizerstraat; e apreciar o Palmentuin, ou o Jardim das Palmeiras, lar de inúmeras espécies de aves e de macacos-prego.