preloadA lovely couple in thick clothes and beanies having fun outdoors with the falling snowflakes.

Eternizada nos versos do Jorge Ben Jor, a expressão “moro num país tropical” descreve a maioria dos nossos termômetros. Nos quatro cantos do país, é praticamente verão o ano todo e quem não sonha em escapar das temperaturas mais quentes e aproveitar alguns dias nas cidades mais frias do Brasil?

Para nossa alegria, existem diversas cidades entre as regiões sul e sudeste que nos permitem tirar o casado do armário sem precisar viajar com o passaporte na mala. Pensando nisso, preparamos uma lista indicando quais são esses destinos.

Quais são as cidades mais frias do Brasil?

Se você está procurando lugares para viajar no inverno no Brasil, confira nossa tabela com as dez cidades mais frias do país e as médias de temperaturas para julho.

Adianto que o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná seguem na liderança, mas algumas cidades de Minas Gerais e São Paulo podem ser bons refúgios para quem gosta do inverno e também para quem quer aproveitar os festivais de inverno que acontecem pelo país.

Os cinco melhores lugares para viajar no inverno no Brasil

Aqueça seu chocolate e prepare-se para conhecer algumas das cidades mais frias do Brasil (quem sabe você não se anima e faz um grande roteiro passando por quase todas?).

Urupema

A woman wearing a yellow coat pouring coffee into a cup from a moka pot.

A pequena Urupema fica nas serras catarinenses e carrega com orgulho o título de “capital nacional do frio”. Num país conhecido pelas temperaturas que sempre passam dos 30 graus, esse é um título e tanto!

O Morro das Torres é o ponto mais alto da cidade, com 1726 metros. Já a cascata que congela também virou um símbolo, por amanhecer congelada (como o próprio nome sugere) depois de dias com temperaturas negativas. Diversas trilhas e cachoeiras também podem ser visitadas na região, como a Cachoeira das Contendas e o Morro do Combate.

São Joaquim

A couple of people drinking wine as they stand among the barrels in a wine cellar.

São Joaquim perdeu o título de cidade mais fria do Brasil para Urupema recentemente, mas nem por isso deixa de brilhar nos jornais nacionais quando as temperaturas baixam. Digamos que a cidade virou a capital do boneco de neve no Brasil.

Também nas serras de Santa Catarina, além do apelo de ser um dos lugares mais frios do Brasil, São Joaquim se destaca quando o assunto é vinho nacional.

Pare no Mirante das Araucárias, na rodovia SC-114, antes de entrar na cidade. Viajando com crianças, vale levá-las até o Snow Valley, um centro de arvorismo e atividades de recreação. Bem próximo a ele, fica a cachoeira do Pirata. É fácil combinar Urupema, São Joaquim e outras cidades pequenas da serra catarinense na mesma viagem.

São José dos Ausentes

A male hiker gazing up in the forest with a waterfall in the background.
A female hiker stepping on a boulder while clutching a camera in her left hand.

São José dos Ausentes, na divisa com Santa Catarina, é considerada a cidade mais fria do Rio Grande do Sul. Famosa por abrigar um grande conjunto de cânions e cachoeiras, é nessa região onde fica o Pico Monte Negro, o ponto mais alto do estado.

A cidade é perfeita para quem quer conhecer aqueles cânions impressionantes típicos do Rio Grande do Sul. O Monte Negro, Tabuleiro e Amola Faca são só alguns nomes desses imensos paredões rochosos que cortam a terra e formam um cenário único no Brasil.

Cânion da Boa Vista abriga uma das cachoeiras mais altas do país: a Boa Vista. Outro cartão postal famoso da região é o Cachoeirão dos Rodrigues, com mais de cem metros de extensão e 28 de quedas d’águas.

Urubici

A natural rock formation resembling a gateway, perched atop a rocky mountain and set against the backdrop of a lush green, sloping landscape.

Urubici é a cidade mais famosa da serra catarinense e não é por menos. Cheia de atrativos como cânions, serras, cachoeiras e estradas cênicas, ela é perfeita para aproveitar os dias mais frios do ano no Brasil.

Um passeio muito bonito é a visita ao Morro da Igreja, no topo da Serra Geral, com vista para a pedra furada (um dos grandes cartões postais da região). Nos dias mais ensolarados, é possível até avistar o litoral do estado na linha do horizonte. Entretanto, o acesso ao Morro da Igreja é feito apenas com reserva confirmada direto com o ICM Bio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Outro marco de Urubici é percorrer a Serra do Corvo Branco, uma estrada cênica e sinuosa que corta as montanhas e nos leva até o Grão-Pará. Logo no começo já é possível parar num mirante para tirar fotos das curvas fechadas e da paisagem.

Já o Parque Altos Corvo Branco também vale a visita. Ele tem duas plataformas de vidro que ficam suspensas em cima do abismo. Percorrê-las nos dá a sensação de flutuar nessa imensidão toda.

Cascata, Véu da Noiva, Cachoeira dos Namorados, das Três Irmãs e Rio dos Bugres são apenas alguns nomes das cachoeiras mais bonitas da região. Elas também oferecem um acesso relativamente fácil.

Fechando esse mini roteiro, o Cânion Espraiado tem uma vista belíssima e nos presenteia com uma formação geológica impressionante. Mas vale confirmar as condições de acesso da estrada que leva até o topo antes de seguir viagem.

Por fim, o Parque Mundo Novo tem quatro mirantes, balanço gigante (desses que fazem sucesso no Instagram), trilhas, tirolesa e o melhor de tudo: uma vista incrível para a Cascata do Avencal.

Curitiba

A walkway along lush foliage inside a glass greenhouse.
A street lined with parked cars and colourful neighbourhood buildings against the backdrop of modern skyscrapers.
A blonde lady peeking out the window train with messy hair and a view of lush trees.

A Ópera de Arame, o Palácio de Vidro do Jardim Botânico e o Parque Tanguá são alguns de seus maiores símbolos. Até mesmo no inverno, vale a pena conhecer os parques de Curitiba.

O MON, Museu Oscar Niemeyer, foi projetado pelo famoso arquiteto brasileiro e rapidamente se tornou um dos grandes símbolos da cidade graças às suas linhas marcantes e ao seu incentivo à cultura nacional.

Tendo mais um dia inteiro livre, vale fazer o tradicional passeio de trem da Serra do Mar que liga Curitiba até a pacata Morretes. Esse tour ficou muito famoso ao sair no jornal The Wall Street Journal como “um dos três passeios de luxo sobre trilhos mais interessantes do mundo”. A ferrovia carrega essa lembrança com tamanho orgulho que até hoje essa manchete estampa a parede da estação central. É um programa contemplativo que nos convida a viajar num ritmo mais tranquilo.

Morretes é uma cidade histórica que ficou famosa pelo barreado, um prato típico que chegou com os portugueses no século XVIII. A receita original consiste em cozinhar a carne vermelha por 12 horas em uma panela de barro fechada e depois servi-la com farinha de mandioca e banana assada ou frita. Combina muito bem com o inverno.

Aproveite para passear pela feirinha e trazer para casa um pacote de bala de banana, algumas cachaças de preparo artesanal e a farinha típica que acompanha o barreado.

Curitiba também é conhecida por abrigar muitos restaurantes típicos de famílias de imigrantes, como alemães e poloneses. Conhecer esses espaços tradicionais pode incrementar seu roteiro. À noite, é hora de seguir para o Batel, um bairro cheio de bares animados.

O que levar na mala de viagem para aproveitar o frio no Brasil?

Mais do que se vestir em camadas e carregar muito peso, uma mala de frio inteligente considera o tipo de fibra e as tramas do tecido. Um casaco de lã com pontos muito abertos, por exemplo, não vai te abrigar de um clima gélido. Lembre-se de proteger suas extremidades, isso diminuirá a sensação de frio.

Itens essenciais para levar na mala:

  • Casado pesado
  • Blusas de lã ou fleece
  • Segunda pele
  • Luvas
  • Gorros
  • Cachecóis
  • Meias quentes
  • Bota
  • Guarda-chuva ou capa de chuva

Nossa pele também fica mais ressecada durante o frio, por isso vale caprichar nos hidratantes corporais, faciais e até mesmo labial. Não esqueça nenhum desses itens ao viajar pelas cidades mais frias do Brasil.

Sobre o autor

Natalie SoaresJornalista de viagem há mais de 16 anos, começou a se aventurar pelo mundo quando travelers cheques e mapas de papel ainda estavam na moda. Latina e LGBT, compartilha todos os detalhes para uma viagem divertida e sem dores de cabeça. Já contribuiu para veículos especializados no Brasil, como Viajar pelo Mundo, Unquiet, Be Free Mag.

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