Mid adult tourist woman playing acoustic guitar and doing high-five with friend at lake deck

Se hospedar em hotel de selva é algo que deveria estar na lista de desejos de todo brasileiro com interesse pelas nossas riquezas naturais e culturais. E eu posso provar compartilhando todas as minhas experiências na Amazônia brasileira.

Mas antes, é importante contextualizar geograficamente. Afinal, a maior floresta tropical do mundo se espalha por seis países da América do Sul, sendo 60% no Brasil. E aqui é dividida por dez estados: Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Cada um com hábitos e costumes próprios, porém compartilhando uma cultura comum.

O que é Hotel de Selva?

É uma hospedagem ecológica, construída com materiais naturais e projetada para se integrar à natureza, causando o mínimo impacto ao ambiente ao redor. Muitos estão à beira de rios ou suspensos sobre troncos (palafitas) entre as copas das árvores.

Ao invés da sofisticação urbana, oferecem o essencial com charme autêntico. A vivência inclui comida regional, decoração artesanal, interação com os ribeirinhos e programações de imersão na floresta. Geralmente são construções rústicas, apesar de algumas surpreenderem pelo luxo e conforto quase inimaginável no meio da selva.

O que esperar da imersão de dormir na selva

A man in a boat cruising across the rippling waters of a river stained by the golden hues of dawn.

Espere bangalôs de madeira com cama confortável, rede e vista para o rio. Por outro lado, vale avisar que é raro encontrar água quente, TV, ar-condicionado e Wi-Fi, embora possa pegar sinal de internet na recepção e algumas cabanas contem com energia solar para essas comodidades. Pensão completa geralmente está inclusa na diária, até porque não há comércio por perto, já a variedade de atrativos costuma ser grande.

Chegar de carro é inviável. Também não dá para usar o seu próprio barco, pois os caminhos mudam a cada estação. Somente quem vive no local consegue se localizar e conduzir os viajantes com segurança. As hospedagens costumam oferecer o transporte em lancha desde os centros urbanos ou indicam as melhores formas de acesso. Normalmente, partem de cidades com aeroportos como Manaus, no Amazonas, Belém e Santarém, no Pará.

Quanto aos gastos, considere investir um pouco mais do que em outras hospedagens no Brasil. O custo alto se deve à manutenção constante da estrutura e à logística para levar turistas, alimentos e suprimentos até o hotel de selva. Inclusive, inacessível em determinadas épocas, como quando o rio vira lodo. Portanto, desconfie quando encontrar preços muito baratos, podem indicar infraestrutura simples demais.

Requisitos para dormir em hotel de selva

A experiência é excelente tanto para aventureiros e amantes dos ambientes naturais quanto para quem exige conforto. Você pode escolher entre os passeios mais intensos, desbravando a mata a pé até curtir o mesmo visual no sossego da varanda do seu quarto protegido por vidros ou telas. De qualquer forma, vai ouvir os mesmos sons dos pássaros, macacos e o vento balançando a copa das árvores.

De fato, é perfeito para quem busca sensações mágicas, gosta de silêncio e de estar em meio à natureza observando estrelas, vida selvagem e a rotina dos ribeirinhos passando pelos rios.

Hospedagem dos sonhos na floresta: Juma Amazon Lodge

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O lodge está localizado em Autazes, a 100 quilômetros de Manaus. A viagem leva três horas envolvendo até dois transportes: lancha rápida e carro (somente em época de seca). Ao longo do caminho, passamos pelo Encontro das Águas — quando o Rio Negro e o Solimões não se misturam e formam um contraste preto e bege —, cruzamos comunidades ribeirinhas, igarapés e matas alagadas que fazem a gente entrar em outro mundo.

Então, o lodge de revela: construído sobre palafitas a doze metros do chão, com telhados de folhas de babaçu e passarelas conectando os bangalôs e as áreas comuns. Tudo pensado para respeitar o ciclo da natureza, inclusive o das chuvas, quando o único modo de chegar é navegando. Foi justamente nessa época que estive lá, e até hoje tento explicar a sensação de flutuar sobre a floresta alagada.

Juma Amazon Lodge, provided by Expedia Group
Fornecida por Expedia Group

Juma Amazon Lodge

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Murutinga

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8,9 (164 avaliações)

Informações válidas em 11 de julho 2025.

Estrutura e programação do hotel de selva

Desde a cabana, a varanda convida ao ócio com vista para o rio, o ventilador se move discretamente e não há ar-condicionado, mas nem precisa, quando o vento sopra traz o frescor e o cheiro da mata. À noite, o silêncio é quebrado apenas pelos sons da natureza e, em noites sem nuvens, as estrelas aparecem no rio de forma tão perfeita que pode confundir o real da ilusão.

As atividades são conforme a estadia contratada, são organizadas diariamente e anunciadas cedo. No Juma Amazon Lodge tem trilha, pescaria de piranha, focagem de jacaré, banho de rio, nascer do sol, revoadas dos pássaros, visita à comunidade ribeirinha e até uma noite dormindo na floresta. Os guias especializados conhecem cada canto da mata e contam histórias com aquele sincero brilho nos olhos de quem vive o que diz.

O restaurante serve três refeições diárias no sistema all-inclusive. O cardápio combina produtos locais com cozinha internacional. O pudim de mandioca virou meu novo padrão de comparação para qualquer sobremesa. E há detalhes que tocam, como o bilhete de boas-vindas no quarto, o acompanhante local sentado à mesa com o seu grupo, a tapioca feita na hora de manhã e o lanche da tarde disponível na recepção.

O hotel de selva conta com 20 bangalôs construídos sobre palafitas na copa das árvores. Sua infraestrutura inclui piscina de rio, redário, torre de observação com 31 metros de altura, museu com informações sobre a Amazônia e energia solar.

Mais comodidades no Evolução Ecolodge

Deck with chairs by the Amazon river
Fornecida por Booking.com

Iranduba, a cerca de 100 km de Manaus e às margens do Rio Negro, oferece opção de hospedagem com conforto e natureza. O Evolução Ecolodge é ideal para quem valoriza comodidades como ar-condicionado e secador de cabelo, mas não abre mão da atmosfera intimista e do contato com a floresta.

São 22 chalés com varanda, rodeados por verde e equipados com rede, banheiro privativo e mimos que agradam. As áreas comuns incluem espaço kids, sala de leitura, jogos e um terraço perfeito para ver o pôr do sol sobre o Rio Negro.

Os passeios revelam o cotidiano ribeirinho: visita à casa de farinha, caminhadas guiadas, técnicas de sobrevivência na selva, canoagem e observação de fauna. Hóspedes relatam avistamentos emocionantes de macacos, bicho-preguiça, tucanos e até botos.

Evolução Ecolodge, provided by Booking.com
Fornecida por Booking.com

Evolução Ecolodge

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Iranduba

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9,2 (7 avaliações)

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Praia privada

Informações válidas em 11 de julho 2025.

O restaurante oferece bufê de café da manhã variado com pratos que misturam sabores amazônicos com um toque internacional. Também é possível pedir o serviço de refeição na acomodação. Guias atenciosos e transfer gratuito a partir do aeroporto de Manaus completam a experiência.

Hospedagem flutuante Amazon Arowana Lodge

Female friends walking arriving on a eco tourism hotel

Distante 65 km de Manaus, o lodge reúne o essencial de um hotel de selva com simplicidade e respeito ao ecossistema. Parte flutuante (construída sobre troncos de árvores que flutuam conforme as águas se movimentam), parte cabana suspensa. A estrutura abriga suítes com ar-condicionado, palafitas com varanda e vista para o rio Mamori.

Especializado em turismo ecológico e pesca esportiva, oferece experiências marcantes como focagem, canoagem, caminhadas, contemplação dos botos cor-de-rosa e da vitória-régia, pernoite na selva e interação com comunidades locais. As refeições valorizam peixes da região e, inclusive, pode preparar o fruto da sua pesca.

Os hóspedes costumam elogiar a comida e o acolhimento dos funcionários. Além disso, Amazon Arowana Lodge é familiar e promove turismo consciente, geração de renda para moradores e preservação da floresta.

Amazon Arowana Lodge, provided by Expedia Group
Fornecida por Expedia Group

Amazon Arowana Lodge

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Manaus

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9,7 (118 avaliações)

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Wi-Fi grátis

Informações válidas em 11 de julho 2025.

Por que escolher hotéis de selva no Amazonas

Happy friends or couple relaxing on hammock outdoors in the amazon rainforest

É possível encontrar hotéis de selva em todos os estados mencionados, mas a maioria está no Amazonas, a zona central da floresta.

Comece por hotel de selva em Manaus

Manaus, capital do Amazonas, é o ponto de partida para diversas aventuras e os melhores hotéis de selva no Brasil. A partir dali, você embarca em lanchas rápidas ou hidroaviões para alcançar diferentes regiões e propriedades.

Quando ir: duas estações, duas experiências completamente diferentes

Durante o verão amazônico, entre julho e dezembro, o volume de chuvas diminui significativamente. Bom para trilhas e maior facilidade para observar a fauna e a flora. Em julho, os rios ainda estão cheios, enquanto agosto é período de transição com calor um pouco menos intenso, já no final da estação pode estar tudo embarrado e com difícil acesso. Inclusive, algumas propriedades fecham para manutenção.

Embora faça calor o ano inteiro, as chuvas refrescam durante o inverno amazônico, entre janeiro e junho. Ideal para explorar a floresta alagada de barco. As tempestades voltam no início do ano e pode ser período de transição conforme o volume de água.

Atividades imperdíveis nos hotéis de selva

A man carries a harvested açai berries in the Amazon rainforest in Igarapé Miri district of the Pará state in Brazil. Acai berries are a 'super-food', high in antioxidants and anti-ageing properties, and are made into, and sold as, fruit juice.
Tourist women enjoying on a sculling boat

Cada atividade permite conhecer a rica cultura e a biodiversidade da Amazônia. Algumas mexem forte com as nossas emoções, outras são realmente assustadoras, o certo é você estar lá, vendo tudo isto em primeira pessoa:

Caminhada guiada pela selva

Uma trilha curta ou longa sempre será repleta de aprendizados. O condutor mostra a direção e vai compartilhando os seus conhecimentos sobre sobrevivência na selva, matérias-primas, artesanato, plantas medicinais e muitos insetos. O ensinamento vem conforme o que vamos encontrando pelo trajeto.

Banho de rio com ou sem risco

Quando o guia diz: pode pular! Aproveite para se refrescar e desfrutar de uma sensação única. Quanto mais escuro for o rio, mais denso e gostoso será nadar nele. Os mais corajosos vão se jogar sem pensar que ali vivem jacarés, piranhas, cobras…

Ainda tem o risco de a correnteza te levar para longe do barco e, neste caso, precisa de energia extra para voltar. Para quem não se anima, escolha hotéis com piscina de água do rio, alguns apenas cercam com telas para os animais não passarem.

Observação de aves e revoada

Mid adult tourist woman moving up stairs on observation tower at forest

São muitas as chances de observar pássaros: da janela do quarto, nos passeios de barco ou ao subir nas torres de observação. Do alto, você terá as melhores oportunidades e um binóculo ajuda a ver os detalhes.

Já a revoada de aves tem hora e local para acontecer, basta estar com um guia que saiba onde os pássaros se reúnem para dormir. Ele posiciona o barco perto de uma ilha e pede para os passageiros ficarem atentos e em silêncio. A espera pode ser um pouco longa, porém vale a pena. De repente, eles voam em nossa direção e as árvores ficam abarrotadas de pássaros.

Nascer do sol

Quem madruga ganha um espetáculo que pode render as melhores fotos da viagem. Você pode apreciar da varanda do hotel de selva, mas recomendo assistir embarcado.

Navegando, o condutor procura o cenário perfeito e ali vemos as cores se transformando a cada minuto. Os raios de luz dançam no céu e vão despertando as nuvens, a mata, o rio e finalmente os peixes começam a primeira movimentação quando a temperatura da água muda. Eles sobem na superfície e alteram a textura do rio, desenhando círculos por um bom tempo.

A magia da navegação noturna

Night walk in the Amazon

Se afastando do hotel de selva, não existe nenhuma iluminação a não ser das estrelas e dos nossos dispositivos. Uma sensação mágica é quando o barco diminui a velocidade e o guia pede para desligar todas as luzes para apenas escutarmos os sons da floresta.

Nestes momentos, a sensação de espaço se perde, o céu se confunde com o rio pelo reflexo das estrelas na água parada e isso fica ainda mais intenso nos rios escuros. Quando o barco volta a navegar, é como flutuar no espaço e, se a luz da lanterna focar nas árvores, elas as refletem, criando a ilusão de não haver água alguma.

Safari na Amazônia

Pode ser chamado de focagem, pesca esportiva, observação de aves e safari fotográfico, mas todos têm o mesmo objetivo de observar e fotografar animais selvagens em seu habitat natural. Essa atividade ensina muito sobre o ecossistema da região e também pode extravasar emoções.

Quando noturno, o grupo parte em silêncio com um único foco de luz apontado para as margens. Este é o melhor jeito de encontrar determinados animais à noite, porque seus olhos brilham revelando a sua posição. Porém, como toda atividade que depende da natureza, não sabemos se vamos encontrá-los e qual será o seu tamanho, por isso, a imaginação corre solta e o olhar deve estar atento para as oportunidades.

Como usar o KAYAK para encontrar um hotel de selva ideal

Em seguida, explore as opções disponíveis e clique naquela que se encaixa à sua viagem. Na página do hotel vão aparecer as ofertas. Escolha e será direcionado para o site de hospedagem parceiro do KAYAK.

Se tiver dúvidas, leia as avaliações deixadas por outros viajantes para confirmar se o local tem a ver com o seu perfil.

  • Ative a ferramenta alerta de preço para receber notificações quando os valores diminuírem. Também pode definir o custo máximo que você está disposto a pagar pelo hotel de selva;
  • Se tem flexibilidade de datas, aproveite os dias mais econômicos exibidos por cor no calendário.

Dicas para aproveitar ao máximo

Traveler couple exploring brazilian rainforest

Apesar de ser uma região quente e úmida, pode fazer frio durante o inverno amazônico. O casaco corta-vento impermeável foi útil para ver o sol nascer, durante os banhos de chuva e nos passeios noturnos. Usar calças e mangas longas evitam o contato da pele com plantas e insetos que podem causar alergias, prefira os de secagem rápida.

O que levar para a Amazônia

  • Roupas e tênis leves. Evite preto, a cor atrai mosquitos e esquenta mais ao sol;
  • Repelente e protetor solar à prova d’água;
  • Antialérgico e remédios;
  • Roupa de banho e chinelo;
  • Capa de chuva ou jaqueta corta-vento;
  • Lanterna, câmera fotográfica e carregador portátil;
  • Óculos de sol e boné  — pode aparecer uma mosca que deixa larvas no couro cabeludo e o chapéu protege do sol e desses insetos;
  • Garrafa de água e bolsa impermeável.

As propriedades mais luxuosas podem incluir itens para emprestar ou como cortesia, consulte a hospedagem antes de partir.

Como evitar riscos e acidentes

A hiker treks on a rocky and wet trail in the middle of a forest.

Tenha a certeza de ter tomado a vacina da febre amarela alguma vez na vida, geralmente não pedem comprovante, mas é bom ter o cartão de vacina para não precisar tomar outra vez em caso de surto.

Durante a viagem, os possíveis imprevistos são ter algum acidente na natureza ou em encontro desastrado com os animais selvagens. Siga sempre as instruções dos guias locais e evite:

  • Se abraçar nas árvores;
  • Fazer xixi na água  — atrai o peixinho que entra pela uretra e sai apenas com cirurgia;
  • Se afastar do barco ao nadar.

Nas praias, caminhe arrastando os pés levemente, em vez de pisar diretamente na areia, assim diminui as chances de topar em uma arraia e levar uma ferroada.

A dica de ouro prometida para alérgicos ou quem não suporta mosquitos, saiba que os Rio Negro e seus afluentes estão livres desses insetos pelo pH baixo. Todo rio em cor escura é formado pela decomposição da vegetação além da água e isso impede a sobrevivência desses bichinhos. Portanto, escolha um hotel de selva próximo dos rios mais escuros.

Pratique o turismo responsável

Você pode passar por áreas protegidas e comunidades tradicionais de indígenas e ribeirinhos. É importante lembrar que somos visitantes e devemos respeitar os seus espaços.

  • Espere um convite antes de entrar em ambientes privados;
  • Evite presentear crianças com doces — parece gentil, mas nem sempre há acesso a dentistas ou cuidados de saúde adequados no local.
  • Peça permissão para tirar fotos de pessoas.

Escute os guias, siga os caminhos demarcados, respeite as regras e não traga nenhuma “lembrancinha” da natureza ou de origem animal. Garanto que a floresta estará muito bem presente na sua memória.

Valorize o que é feito ali: compre artesanato local, converse com quem vive na região, contrate serviços da comunidade. Afinal, quando o turismo contribui para o bem-estar dos moradores, eles se tornam aliados da conservação. E é assim que a mata continua de pé e pronta para encantar o próximo viajante.

Perguntas frequentes

Há perigos tanto para crianças quanto para adultos negligentes, seguindo as instruções dos guias e tomando alguns cuidados preventivos, será seguro. Acompanhei uma família com o filho de cinco anos em alguns passeios e achei ótimo. Ele era curioso, participativo e aprendeu na prática o que ainda vai ver na escola.

Nem todo hotel de selva tem acesso à internet, quando fornece, o Wi-Fi se limita à recepção. Mas tem tantas coisas interessantes para fazer que a gente até esquece a falta do sinal de celular.

Junho é um mês excelente para encontrar os cenários mais surpreendentes da floresta alagada. Além disso, pode vivenciar as festividades do Boi Bumbá que acontecem por todas as regiões, com o seu ápice no Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas. Na verdade, a melhor época depende das suas preferências, afinal, as opções de lazer mudam conforme a estação, o tempo de estadia e a oportunidade.

Sobre o autor

Roberta MartinsRoberta Martins é comunicadora especializada em experiências de viagens e guia de turismo. Nativa do extremo sul do Brasil, sua cultura é mais latina do que brasileira e assim desbrava o mundo desde criança, sozinha ou com amigos. Morou em São Paulo e sempre prefere mergulhar na cultura local, melhor ainda se for em meio à natureza ou com aventuras.

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