1. Você tem ou indica uma playlist que você ache a cara desse roteiro e que possa embalar a leitura dos viajantes?
Eu acho que uma boa forma de se aproximar de Coimbra é escutando algumas músicas da Mafalda Veiga, cuja playlist com seus maiores sucessos está no Spotify.
É uma cantora portuguesa jovem, com algumas músicas lindas e melancólicas, o que combina bastante com o “clima” de Coimbra, a cidade da saudade. Só por curiosidade, a minha música favorita se chama “Cada lugar teu”.
2. O que fazer na parte da manhã?
Na minha opinião, uma visita à Coimbra tem que começar por sua famosa Universidade, fundada em 1290. É um clássico!
Você pode pegar um táxi ou Uber, ambos baratos, e pedir para te deixar na Porta Férrea da Universidade, que é a entrada daquela parte mais famosa e fotografada, onde fica a escadaria da Faculdade de Direito.
É possível só entrar e visitar o Pátio das Escolas gratuitamente, mas eu recomendo comprar o ingresso que dá direito a visitar a Biblioteca Joanina (uma das mais bonitas do mundo), a Prisão Acadêmica (sim, isso existia na época medieval, rsrs), a Sala dos Capelos (grande salão onde acontecem cerimônias importantes e defesas de doutorado), a Capela de São Miguel, entre outras áreas internas.
Ao sair da Universidade, logo ali ao lado dela você pode dar uma espiada na Sé Nova (catedral) e logo em frente está o Museu Machado de Castro. Embora ele pareça pequeno por fora, não se engane: ele é bem grande e a visita demora no mínimo umas duas horas, então, se seu tempo estiver ok, recomendo fazer.
Se achar que o tempo está apertado, pelas ruazinhas laterais do museu siga ladeira abaixo, sem medo de se perder, pois todos os caminhos vão te levar até a Sé Velha, que vale muito a pena visitar.
Depois pegue o “quebra-costas”, rsrs, que é uma pequena escadaria que vai te levar direto até a parte baixa da cidade, chamada justamente de “Baixa”.
Chegando ali, não deixe de ir até a Igreja de Santa Cruz, onde estão enterrados o primeiro e o segundo reis de Portugal, e, claro, se “perder” pelas vielas medievais da região, que é o que mais gosto de fazer.
3. O que comer no almoço, o que é típico do local para comer e beber?
Durante essa exploração pela Baixa de Coimbra, o que não faltam são restaurantes e cafés charmosos para almoçar ou lanchar. Há muitas “tasquinhas” (restaurantes pequenos, mais simples e caseiros) com pratos típicos e bem baratos.
Mas se quiser um lugar um pouco mais arrumado e que serve os melhores pratos de bacalhau da cidade, sugiro o Solar do Bacalhau. Preço justo para a qualidade que servem.
Se você ainda não provou, eu sugiro o Bacalhau com Natas, que amo. Mas se bacalhau não for a sua praia, eu sugiro fortemente que você prove o Leitão da Bairrada.
Em alguma tasquinha, vale a pena experimentar o ‘sands’ de leitão, um sanduíche de pão típico com lascas de leitão da Bairrada que é divino!
Na área dos doces, experimente o Pastel de Santa Clara ou o Pastel de Tentúgal, que são típicos da região de Coimbra.
4. Você tem ou indica algum vídeo aéreo do destino? Feito com tour de helicóptero ou com drone, por exemplo?
Eu mesma fiz um vídeo com um roteiro de um dia a pé pela cidade, pensando em alguém que chegou pela estação de trem.
Ele mostra o passo-a-passo de como ir de um lugar ao outro e dando algumas dicas da cidade:
Mas, se quiserem também um vídeo com imagens aéreas, indico o https://youtu.be/6DV4ptDGiwM
5. Conhece ou sugere algumas palavras ou expressões locais nas quais os brasileiros devem prestar atenção para se saírem melhor durante uma futura visita?
Os portugueses entendem perfeitamente os brasileiros, por conta das novelas, mas algumas expressões que podem facilitar e sua visitar são:
Auto carro = ônibus
Pequeno almoço = café da manhã
Fiambre = presunto*
Casa de banho = banheiro
Apelido = sobrenome
Bica = café expresso
De borla = de graça
Bué fixe = muito legal
Chávena = xícara
* O que chamamos de presunto no Brasil é fiambre lá. “Presunto” em Portugal é o que conhecemos aqui no Brasil como ‘presunto cru’, ou ‘presunto espanhol’)
Tenho um post só sobre isso: https://turistaprofissional.com/dicionario-portugues-de-portugal/
6. O que fazer na parte da tarde?
Depois do almoço sugiro atravessar o rio e visitar as atrações do lado de lá.
Comece pelo convento de Santa Clara, que além da igreja e dos claustros, tem uma vista linda de Coimbra!
Depois você poderá ir até a Quintas das Lágrimas, cenário da história de Pedro e Inês, uma espécie de Romeu e Julieta português.
Caso esteja com crianças – ou mesmo que não – leve-os ao Portugal dos Pequenitos, um mini parque com grandes monumentos e casas típicas portuguesas quase em miniaturas, mas nas quais as crianças podem entrar e brincar. É uma graça!
E, por fim, já retornando para a Baixa, você ainda poderá visitar as ruínas do Convento Santa Clara – a Velha.
Se quiser garantir uma das fotos mais bonitas de Coimbra, atravesse a ponte a pé em direção à Baixa. Dali do meio da ponte você terá um ângulo de foto super “instagramável”.
7. Alguma curiosidade sobre o destino que vc ache importante destacar:
Coimbra tem várias curiosidades, desde a romântica e trágica história de Pedro e Inês, até a história da Rainha Santa Isabel (falecida em 1336), cujo corpo encontra-se naturalmente intacto até hoje no altor-mor do Convento de Santa Clara.
Peça algum morador local para te contar mais sobre essas histórias, pois eles adoram falar sobre o assunto.
Se você estiver pela cidade entre o final de maio e começo de junho, poderá ter a sorte de participar da Queima das Fitas, a maior e mais tradicional festa dos universitários do país.
Você verá aquele mar de capas negras, pois todos os estudantes usam os trajes negros, uma espécie de “uniforme”, cuja tradição vem lá da idade média. São vários eventos acontecendo ao longo de uma semana. É bem legal!
Já para os religiosos, saibam que Santo Antônio teve boa parte de sua formação em Coimbra, no Mosteiro de Santa Cruz, onde em 1220 foi ordenado.
No mais, vale a pena destacar que a Universidade, a Baixa e a rua da Sofia (onde eu nasci, rsrs) são Património Mundial da UNESCO.
8. Alguma dica para quem viaja com filhos, em família?
Como já mencionei acima, não deixem de ir até o Portugal dos Pequenitos. As crianças ficam doidinhas lá.
Além disso, em dias de sol, é legal leva-los também até o Parque Verde do Mondego.
Já para quem viaja com crianças pequenas, algumas ladeiras entre a Universidade e a Baixa podem atrapalhar um pouco, por isso abuse de táxi e Uber para esses deslocamentos. No mais, a cidade é bem tranquila de passear.
9. O que comer à noite, incluindo comida e bebida típicas, local de dança típica, lugares da moda ou curiosos, únicos etc.
Se você está com o orçamento um pouco mais folgado, eu sugiro um jantar no Arcadas, um restaurante que fica na Quinta das Lágrimas, que é considerado um dos melhores de Portugal e já teve uma estrela Michelin.
Como ir até Coimbra e não ouvir um bom fado?! Algumas das melhores opções são o Fado ao Centro e o À Capela.
10. Alguma dica de filme, livro, podcast, vídeo etc. que tenha a ver com o destino.
Se conseguir, sugiro assistir ao filme “Pedro e Inês, o Amor Não Descansa”, para se familiarizar com a história. Ou se preferir uma leitura leva, o livro “Pedro e Inês”, de Helena Gomes.
Links de posts no blog que podem ajudar com mais dicas de Coimbra:
https://turistaprofissional.com/roteiro-de-1-dia-em-coimbra/
https://turistaprofissional.com/queima-das-fitas-em-coimbra/
https://turistaprofissional.com/universidade-de-coimbra-dicas/
https://turistaprofissional.com/o-que-visitar-em-coimbra/
https://turistaprofissional.com/portugal-dos-pequenitos-em-coimbra/
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